É... Caetano me faz companhia nas noites sem movimento de Paraty! Tenho uma gata preta protegendo mais a minha casa que o cachorro de lá, e na ambiguidade da frase aproveito pra admitir que meu gato realmente protege a casa e o cachorro, por esse ser um BOBo de marca maior.
O caminho de casa pro trabalho não podia ser mais bonito, a água da minha praia não é lá grande coisa, devido a temperatura e o fundo de lodo geralmente me refiro a ela como uma canja de galinha. Mas a vista, as montanhas e os amigos que encontro no caminho tornam a canja mais saborosa.
A casinha ainda precisa de uns tratos, nada que um som no último volume e uma tarde livre não resolvam. Também não tenho muita coisa, umas roupas, colares, cortinas de chita, livro e música. A casa fica sempre aberta, e mais de uma vez recebi visitas enquanto ainda estava dormindo!
Bicicleta é lei e a caxu mais divertida fica a 5 km de casa. Tudo é lindo, até a constante chuva de fim de tarde que quando não cai enche as ruas do centro histórico de pessoas ou loucas ou interessantíssimas, ou interessantemente loucas, é boa. Chove muito, mas também faz muito calor, ô se faz!
A saudade de Curita diminui a cada novidade, mas a dos amigos só aumenta. Sempre que coleciono mais uma boa história pro meu livro da vida sinto falta deles aqui, bom que guardo todos bem pertinho na lembrança e na alma. E como sempre sei que no próximo capítulo-destino os amigos daqui farão falta também.
Por enquanto, aqui estou eu, trabalhando entre mil flores, passando as folgas no paraíso, pedalando em todas as direções e lendo Caetano, afinal ainda me restam 300 páginas!
